quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Conversa com as crianças

Hoje assisti ao filme Ta Chovendo Hambúrguer.
É legal. Vocês já viram?

É baseado em uma história real. Ahã.

Se vocês viram, perceberam quem está no filme:
1. O cientista irresponsável, que sempre diz que quer resolver o problema do mundo.
Por que ele é irresponsável?
Porque o problema da fome no mundo, não se resolve produzindo comida artificialmente, mas, distribuindo bem, de acordo com as necessidades das pessoas, a comida que já é produzida naturalmente.
Hoje mesmo um amigo italiano me contava de como na Itália o governo manda destruir toneladas de tomate por conta das cotas de produção estabelecidas pela União Européia. Enquanto os tomates são destruídos lá, enquanto as vaquinhas holandesas são alimentadas com soja, enquanto os automóveis nos Estados Unidos podem estar usando combustível feito com milho, um bilhão de pessoas passa fome no mundo.
Muito dinheiro é gasto com armas. É um dinheiro que poderia pagar aos camponeses e camponesas para que produzam alimentos, e estes alimentos serem entregues às pessoas que precisam comer.
Logo, o problema do mundo não é produzir comida, é distribuir aquilo que é produzido.
Quem é o cientista irresponsável no mundo real?
São os cientistas que trabalham para as grandes transnacionais, produzindo plantas transgênicas, venenos, e outras coisas que fazem mal pra nós e pra natureza; e dizem que fazem isso para resolver os problemas da humanidade.
No filme, colocam o cientista como se fosse uma criança, pra dizer que ele não sabe o que faz; mas, na verdade, se fosse uma criança mesmo não ia fazer besteira, né?

2. Algumas pessoas enganadas.
São os camponeses e camponesas que acabam plantando sementes transgências, por exemplo, achando que assim vão produzir mais.
E, muitos consumidores, que acham que não vai fazer mal à saúde comer coisas produzidas em laboratórios e que não se sabe que efeitos podem ter.
Mas, chega uma hora, que todas as pessoas percebem que esse tipo de alimento só faz mal.

3. O dono da transnacional. Quero dizer, o prefeito.
Vocês já ouviram falar da Monsanto, da Cargil, da Bunge? Então, eles estão no filme.
Sabem que representa eles? O prefeito da cidade.
Vocês notaram que ele só pensa nos lucros que vai ter, e em encher a própria barriga? Mesmo quando o menino-cientista avisa que precisam parar com aquele jeito de produzir comida, o prefeito não quer saber de parar.
E quando os problemas ameaçam a vida de todo o mundo, o dono da transnacional só quer saber de salvar a si mesmo, não se importa com mais ninguém.

Quem ainda não viu, assista. E, fale pra todo mundo que precisamos tirar esse prefeito do poder! Isso é, precisamos tirar o poder das empresas transnacionais, porque os únicos no mundo que podem acabar com a fome, são as camponesas e os camponeses.
E o único jeito de fazer isso, é distribuindo direito a riqueza e os alimentos que as trabalhadoras e os trabalhadores produzem.

Então, FORA MONSANTO! FORA BUNGE! FORA STORA ENZO! E todas as outras grandes empresas do agronegócio.

E VIVAM AS CAMPONESAS E OS CAMPONESES!
VIVA A SOBERANIA ALIMENTAR DOS POVOS!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Homenagem IV

Hoje é 21 de novembro, e já são 12 anos que ela partiu.

Não quero que seja um dia triste. Mas, é difícil que não seja.

A Salete Stronzake, ou a Salete Strozake, continua aqui.

Esta semana recebi de uma amiga, Gimena, um livro, Sorginkeria. Já o li. E, enquanto lia, a Salete estava por aqui.

A cada livro que leio, em cada texto que escrevo, ela está por aqui. E em muitas outras coisas do dia-a-dia.

Claro que queria falar com ela. Queria saber o que acha do Neil Gaiman.

Queria ser música, e fazer uma canção pra ela.

Queria fazer uma homenagem à Salete, mas, ela também só era ela, porque estava nessa família.

Assim, preciso dizer OBRIGADA à mãe, ao pai, ao Nata, à Joi, ao Ney, à Salete, à Dite, ao Gigio, ao Chiquinho.
(quem lembra quem foram Juca, Bondade e Igreja?)

Bem, hoje é dia de celebrar. Celebrar a vida, nossa e da Salete.

Celebrar a vida, intensa, verdadeira, coerente.
Eu, um pouco longe, fisicamente, um pouco só. Mas, encontro os livros, me sinto meio bruxa, me sinto bem. Um pouco romântica, até piegas, mas, bem. É que li muita história de mocinhas, hehehe.

Aí estamos, todas e todos. Vou semear rúculas, que nas sementes que brotam também estão revivendo nossos mortos.

Homenagem III

onde tudo que havia era um armário na sala dos professores, com não muito mais que duas centenas de livros. Em cada intervalo, a conhecida “hora do recreio”, pedia licença e me deixava estar ali, sentada no chão, escolhendo qual levaria para ler em casa.

Biblioteca era espaço sagrado, e seus livros também. Deviam ser cuidados, lidos e devolvidos.

Um dia, em Querência do Norte, no Colégio Estadual Humberto de Campos, reencontrei meus amigos! Ali estavam, arrumadinhas na linda biblioteca, aquelas capas com figurinhas enfileiradas das capas da coleção! Vagalume!!!!!
E ademais: Os Seis, A Inspetora, O Gênio do Crime, ...

E quantos autores e autoras!!! Stela Carr, Marcos Rey, e aquele por quem morro de amores: Michel Zevaco!

Nesse ponto eu tinha uns 12 anos, e lia e lia, e cada dia trocava de livro, e a bibliotecária, grande pessoa, as vezes se espantava.

Sempre fui muito tímida, e fui a primeira criança do acampamento a começar a estudar em Querência, diferente de outras cidades, onde tinha os irmãos e amigos. Sentia a discriminação das outras crianças, e quase não tinha com quem conversar.
Assim, andava com Nostradamus, Lucrecia Borgia, Francisco I, Magdalena Ferrón, Buridan, Pardaillan, Capitan, Chicot, Margentina, ... quanta história.

Um ano passei dos limites, quando estava na sexta série. Quase reprovei em matemática. Durante as aulas, colocava um livro dentro do livro de matemática, e ficava lendo o tempo todo.

Lia no ônibus, indo e voltando da cidade onde estudava. Lia enquanto comia. Lia depois de comer, e antes de dormir.

Tanto ler me ensinou muita coisa. Praticamente tudo que faço hoje, é devido à relação com os livros na infância e na adolescência.

Ter escolhido História, ter escolhido ser professora, gostar da palavra e do papel, são derivados daqueles momentos, deitadinha, sentadinha, assombrada, encantada, quando ela nos apresentava mundos fantásticos.

E, hoje é 21 de novembro

(segue)

domingo, 22 de novembro de 2009

Homenagem II

Um cão a havia mordido, quando voltava da biblioteca. Agora teria que ficar uns dias sem trabalhar.
Nestes dias “sem trabalhar”, eu tomei nas mãos livros com capas cheias de figurinhas lindas. Mais tarde, descobri que o que me fascinava era a Coleção Vagalume, com suas capas onde se estampava todos os livros da coleção.

Aprendi muitas coisas. Ela trabalhava todos os dias, com os irmãos mais velhos, mas lavouras. Era uma quase adolescente, devia ter entre 12 e 14 anos. E, ia à biblioteca da cidade, trocar de livro quase diariamente

Assim fui descobrindo a fonte das histórias, contadas com vigor e inteligência por ela.

Querendo nadar naquelas águas, aprendi a ler cedo e rápido, e logo me meti com a turma do Chico Bento, de quem sou amiga até hoje.

Meu primeiro desejo de profissão: ser a leitora do rei. Imaginava um rei bem velhinho, que me contrataria para ler para ele, e eu estaria ao lado de sua cama, lendo e lendo aqueles livros encantadores.

Meu segundo desejo de profissão, quando me convenci de que não haveria um rei que me contratasse para ser leitora, era trabalhar numa biblioteca. O problema era que pensava que quem trabalha na biblioteca pode ficar lendo o dia todo...

Conforme crescemos, o tempo foi ficando escasso para as sessões de fantasia coletiva. Depois de um tempo longo para uma criança, um ano e meio talvez, fomos acampar, e o trabalho se intensificou, eu também seguia para as lavouras, e nos recolhíamos a dormir muito cedo.

Mas, os mundos imaginários estavam bem ali. Nos finais de semana, era correr pelas matas, balançar-se em cipós de modos que só (penso hoje) o anjo da guarda evitava ossos quebrados. Fazer cabanas, colher flores, buscar palmito de coqueiro.

Aos 8 anos li “Lendas Brasileiras”, devia ter umas 60 páginas? Aos 9, li “Capitães da Areia”, do Jorge Amado, e muitas vezes torrava a paciência do pai, lendo trechos para ele, as partes que eu mais gostava, e que identificava com a nossa luta.

As bibliotecas tornaram-se o paraíso. Lembro de uma escola, “Grupo Escolar Castro Alves”,

(segue)

sábado, 21 de novembro de 2009

Homenagem I

Hoje quero falar de amores.
Nem sempre cantados, nem sempre poéticos. Já se vão 12 anos.

Eu vejo como vou envelhecendo, e o que me deixa feliz é saber das pessoas tantas por cujo amor fui abraçada.

Uma dessas pessoas, alguns não conheceram, e muitos outros, sim.
Com ela, eu teria uma dívida impagável. Mas, era um ato de amor, logo, só gera em mim o compromisso de dar aos outros e as outras o que ela me deu: o amor pela leitura e tudo que advém daí.

Era muito pequena ainda, tinha uns 4 ou 5 anos, quando ela começou. Não entendia bem de vinham todos aqueles mundos fantásticos, mas, a cada dia sentava ou deitava para ouvir suas histórias.
E, histórias participativas!
“... então, Pedro puxou o pano que cobria o caixão, e, e, então, o que eles viram????
- Um monstro!
- Um vampiro!
- Um morto!”
Não lembro qual foi meu palpite, mas, certamente fui superada pelo mano e pela mana mais velhos, Gigio e Dite.

O fato é que as aventuras passaram a povoar minhas idéias.
“Os Seis e Casarão em Ruínas”, “Os Seis e o Cemitério Maldito”, e creio que comecei a inventar histórias para estes “Seis” amigos.

Quando não estava brincando com o Gigio e os amiguinhos, brincava sozinha pelos arredores, combatendo seres maléficos, percorrendo caminhos terríveis, que somente a mais destemida e inteligente guerreira poderia percorrer.
O canto da casa poderia ser o tombadilho de um navio naufragando, o topo do pé de carambola era a sala mais alta da torre, de onde eu deveria recuperar alimentos roubados pelo incrível rei de duas cabeças. Rastejar entre os pés de quiabo da mãe era um combate de sangue contra criaturas zumbis. E quando éramos atacados por lobisomens, então!

Em seguida, eles, os livros, surgiram concretamente na minha vida. Um dia a mãe explicava que ela estava voltando da biblioteca, onde ia todos os dias, e um cão a atacou.

(segue)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Do método das partidas dobradas

Sim, é o método básico da contabilidade, creio eu. A essência é que para todo débito, há um crédito, e vice-versa.

Das coisas não tão boas:
- A forma de entrar no trem e no metrô é a antiga, com aqueles papelinhos com fitinha magnética, que eu guardo no bolso e se amassam. Além de que é fácil perder.
- A má vontade e a má educação em alguns serviços. Não se espera um “bom dia” em algunas mercados, por exemplo.
- Em várias estações dos transportes subterrâneos, não há pessoas para vender bilhetes, apenas máquinas e guardas de segurança.

Das coisas muito boas:
- Pessoas maravilhosas, que fazem tudo para nos acolher e nos deixar como se estivéssemos em casa.
- As linhas de trem e metrô. Para muitos lugares, e fácil de se localizar dentro delas.
- O vinho ecológico é algo indescritível.
- O mijo. Não se espante. É apenas um cereal, de grão muito muito pequeno, quase como uma quirera, que ficou soberbo com um porquinho frito. Além do que é altamente nutritivo, me disseram.
- O Barrio Lavapiés, que merece um post exclusivo.

Dos luxos a que podemos nos dar:
- Comer pão com pipa (semente de girassol), com azeite de oliva, todos os dias em que a Rosa tenha feito o pão com pipa.
- Sentir saudades de pessoas, e saber que estas pessoas também estão com saudades de mim. E, que o reencontro será lindo.
- Ter para onde voltar.

Buenas noches! Que los sueños sean buenos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Daqueles que viajam sozinhos

Não estou falando de eu mesma. Espero que nem de ti.
Nas vezes que viajei sem companhia de pessoas conhecidas, em geral estava observando os companheiros e companheiras de viagem, e tecendo histórias e conjecturas: se o ônibus sofre um acidente, quem se disporia a ajudar? Quem estaria preocupado exclusivamente consigo mesmo? Quantas famílias estariam desoladas? Quantas não teriam recursos para hospital?
E se o avião cair? Hummmm, que reação cada pessoa teria? Quem começaria a por a culpa no piloto?
E, claro, as vezes a gente viaja metida em nós mesmas ou mesmos. Lemos o livro, o jornal, olhamos as nuvens, as arvores, observando a nós mesmos/as, ou perdidas/os em outros lugares e espaços.
Mas, tem pessoas que viajam absolutamente metidos em si mesmos. Viajam absolutamente sozinhos.
Está no masculino, mulheres, porque até hoje só vi este ‘fenômeno’ ocorrer com homens.
Como é o tipo que viajar sozinho? Descrevo o comportamento de um, com que tive o desprazer de viajar semana passada:
Ele leva uma pequena mala ou valise, ou mochila (mais raro).
Entra no avião olhando para si mesmo, trata mal os trabalhadores que estão alí atendendo, e se for obrigado a olhar os demais passageiros, o fará com a embófia típica da imbecilidade capitalista.
Ao identificar seu assento, ele passa a se ocupar de seu bem-estar na poltrona: coloca o casaco no guarda-malas, abre a maleta, valise ou mala, olha o que irá ler para melhor demonstrar seu nível de sapiência, pega um jornal, desiste dele, pega outra coisa, olha demoradamente. Enfim, se decide a fechar a mala, e a guardá-la de modo que não amasse a roupa que guardou antes.
Nesse momento, atrás dele está uma grande fila de pessoas, esperando para passar pelo corredor obstruído pelo sujeito e chegar a seus assentos.
Ele irá passar a viagem em branco, pra si e pra todo mundo. Não irá ver nuvens, nem arvores, nem o passageiro ao seu lado. Creio eu que ele está vendo isso tudo, mas, quer que os outros pensem que não está aí, que é tão cheio de si mesmo, que não está para ningúem nem para nada.
Em caso de acidente, este tipo seguramente pisará cabeças, agarrará sua malinha, e buscará sua salvação.
Ao desembarcar, o tipo faz o mesmo caminho, inverso. Ocupa o corredor, tinha a maleta, vagarosamente a abre, guarda o que tiver que guardar, faz de conta que não percebe as pessoas que esperam o corredor para se mover.
As vezes o calor de humanidade que se gera e transmite nesses momentos de preocupação tão pequena com o bem estar de estranhos, pode deixar os dias mais felizes, apesar de qualquer coisa.
Não é preciso nenhuma intimidade, nem trocas de histórias de vida, apenas, um pouco de gentileza.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um 16 de Novembro Alegre

Despertar as 08:30, arrumar a cama, água para o café
Quer saber quando te olhei na piscina, se apoiando, com as mãos na boooooorda, fervendo a água...
Água fervendo, duas colheres, café ficou forte, duas xícaras, uma acompanha o pão, outra acompanha a leitura de contos galegos.
Fervendo a água que não era tão fria e um azulejo se partiu porque a pooooorta, do nosso amor estava se abrindo, e os pés que irão por esse caminho...
Mochila pronta, tapuér com almoço pronto, chaves, tíquete do trem, agasalho, está quente e bonito lá fora. Sol ardendo.
Sair a Calle del Amparo. E os pés que irão por esse caminho, vão terminar no altar. Eu só queria me casar, com alguém igual a você, y alguén igual não há de ter, então quero mudar de lugar...
Calle de la Espada. Eu quero estar num lugar, da sala pra te receber!
Tirso de Molina, y Calle Doctor Cortezo. Na cor do esmalte que você vai escolher, só para as unhas pintar. Quando é que você vai sacar, que os vãos que fazem suas mãos...
Uma praça que ainda não sei o nome, mas tem um ponto de ônibus. Y ahí está Calle de la Carreta abajo.
Que os vãos que fazem suas mãos é só porque você não está comigo? Só é possível, te amar! Seus pés se espalham em fivelas sandálias, e o chão se abre...
Estación Sol. Cercanias-renfe, Charmatin, Colmenar Viejo, Três Cantos, SSdelosReyes.
E o chão se abre, por dois sorrisos, irão virando o seu corpo que é praia, de um escândalo, charme y macio, que cor terá se derreter?? Que som o lábios vão morder?? Vem me ensinaaaaar a falar! Vem me ensinaaaaaaar a ter você!
Leituras, leituras... La História Maleable, de Anaclet Pons. Interessante.
Opa, já é Cantoblanco.
Ficha na biblioteca. Soy brasileña tengo pasaporte no no tengo aún la tarjeta de estudiante si de máster oh 20 libros! Qué bueno! Si ya hice mi correo de la UAM ya solicité la tarjeta pero demora unos días puedo acceder la biblioteca por la pagina web bueno renovar hasta 10 veces! Mui bien. Ah bien salas para invetigadores del otro lado me gusta estar más cerca de los libros...

Começado o dia, vou-me, porque as aulas começam daqui a pouco.
Nando Reis é alegria por pombos chegados com mensagens enquanto eu dormia.
Bom dia pra todas e todos!

domingo, 15 de novembro de 2009

Apagar de estrelas

Era um dia

Como outro dia

Outro dia?

Olhava o céu

A previsão do tempo

Quantos agasalhos

Calor no sul, frio do norte

Caixa vazia

Quatrocentas mensagens, nenhuma a esperada.

Outro dia?

Outro dia começa, com o final da noite

E antes da aurora

É exatamente

A hora mais escura.

Quando as estrelas se apagam

Para que o sol desperte.

Chegando em Madrid

Cheguei quase ao por do sol. Em Barajas saí do aeroporto direto pra rua, porque tinha passado pela polícia em Amsterdã.
Depois, trem, táxi, e cheguei com Rosa, minha hospedeira, no bairro Lavapiés.
Predinhos antigos, de no máximo 3 andares, com suas sacadinhas iguais, em ruas estreitinhas, que compõe um labirinto.