terça-feira, 29 de novembro de 2011

Egidio Brunetto, presente!

DESPEDIDA



Para Egídio, que em grego, é “aquele que protege"





A Terra hoje se alegra por receber de volta quem a cuidou e protegeu

Como um fruto que amadureceu no galho

Traz a doçura e as sementes para entregar à mãe, aquilo que é seu.

Mas, se ganha a Terra em doçura e qualidade

A humanidade perdem, em ternura e simplicidade.

Perdem os camponeses do mundo

Um criador de gestos tão profundos

Que se guiaram pela solidariedade.

Perdem os movimentos um pouco da paixão;

Perdem os militantes um dedicado irmão

E a classe toda um exemplo de humildade.



Mas não se perde tudo ao morrer

Ganha-se a herança das belas coisas feitas.

O que até aqui pertence somente ao construtor

Agora é de todos em forma de valor.



Ficam lições a serem apreendidas

Ficam memórias a serem recordadas

Ficam virtudes a serem imitadas.



Fica a honra de tê-lo tido como companheiro

Um destacado e pioneiro

Nas relações internacionais.

Viajou o mundo sem saber os idiomas

Levou mensagens trouxe ensinamentos

Trocou sementes, ânimo e alimentos

Mantendo sempre as relações cordiais.



Se os movimentos camponeses têm hoje unidade

Se deve a esta postura de humildade

Que sempre esteve em pauta, mesmo sem discussão.

Deve-se a ti, a herança afetiva

A teimosia e a insistência combativa

De sempre amar e honrar em qualquer parte do mundo

A luta, a liberdade e a revolução.



A história segue; seguimos o cultivo

Você, de algum modo continuará vivo

E acompanhando as gerações de lutadores.

Quando o futuro chegar em meio as flores

E as crianças sorrirem livremente

Saberemos, que através da prática dos valores

Você jamais deixou de estar presente.



Ademar Bogo

Bahia, 29 de novembro de 2011

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